quarta-feira, 9 de julho de 2014

Pela Liberdade

Jornalista Nana Queiroz em protesto contra o machismo
 Se houver alguma mulher que nunca sofreu nenhum tipo de assédio, é uma exceção. Uma infeliz minoria na nossa sociedade moderna na qual culmina o machismo e a discriminação de todas as mulheres seja jovens, velhas e de qualquer crença ou raça, todas estamos a mercê de cantadas e ofensas nas ruas de nossas cidades. Chegamos em pleno 2014 sofrendo negligências, abusos e violência tão comuns quanto no inicio dos tempos. É como se a evolução humana ainda não tivesse se desenvolvido a ponto de simplesmente aceitarmos nossas diferenças e vivermos em uma sociedade salutar.
 Como se não bastasse todo esse preconceito, muitas mulheres são desvalorizadas assim que nascem em alguns lugares e sofrem todo o tipo de discriminação. Muitas vezes acabam sendo maltratadas ou sofrem com um destino pior, como a venda e o tráfico humano. Ao todo 66% das 2,5 milhões de vítimas anuais do tráfico humano são mulheres e entre elas, 13% são menores de 18 anos. Em sua maioria são comercializadas pela própria família, que não costumam saber o destino de suas filhas.
 Enquanto as pessoas se calarem diante de toda a calamidade na qual se encontra os direitos das mulheres no Brasil, elas sofrerão. Todos os dias passam por assédios, estupros e agressões por motivos fúteis e esdrúxulos, e para que os machistas se deleitem com o que eles transformaram nossa sociedade: um lugar no qual nenhuma mulher pode viver com sua devida e merecida liberdade, resultando em um quadro triste e opressivo que todas sonham em mudar um dia.
(Por Vitória Ferron, jovem mobilizadora do Projeto “Por uma Copa de Todo Mundo”)


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